top of page

AMOR POR UM CLUBE

Atualizado: 4 de dez. de 2023

Um amor por um clube é como se fosse um casamento, podemos ter momentos de alegria, delírio, brigas e até decepções. A frase mais emblemática do casamento, "até que a morte os separe", é algo bem comum entre os casamentos e os torcedores. Porém, amar um clube não é só vestir a camisa, mas também é um voto, e para muitos, é dar a vida a uma instituição. A torcida organizada, pode-se dizer que é uma seita, uma religião. Independentemente da idade, time ou geração, esse amor tem algo em comum: entregar todo amor a um time.

Parte inferior do formulário

 

Morador de Santos, Daniel Guimarães iniciou a sua vida na Gaviões da Fiel de forma bem inusitada.

 


Arquivo pessoal


“Eu nasci e fui criado na cidade de Santos. Aos meus 19 anos, não tive muitas oportunidades de trabalho quando saí da escola, então fazendo bico aqui e ali, eu acabei indo fazer trabalhos de marcenaria em São Paulo. Quando fui fazer um trabalho, esse trabalho era na sede da Gaviões da Fiel, e quando vi aquilo, achei muito doido tudo aqui, e por ser corintiano, aqui foi entrando dentro de mim que basicamente eu nunca saí de lá. Aí vem todo o amor e toda loucura que a gente faz pelo clube.

 

Em meio ao tumulto de um jogo, Daniel conseguiu perder seus documentos durante a partida contra o Internacional em 2009 no estádio do Beira-Rio.

 


Estádio do Mineirão na rodada do Brasileirão


“Para você ter uma ideia, até preso pelo Corinthians eu fui. Eu tinha perdido a minha carteira no estádio do Beira-Rio em Porto Alegre, e quando o guarda me parou, eu estava sem nenhum documento. Até explicar e ligar para a minha mulher foi um longo tempo, mas isso é viver pelo Corinthians e a Gaviões.”

 

Alberto Francisco de Oliveira Júnior, mas para muitos que circulam pelos arredores da Vila Belmiro, em Santos, ele é conhecido simplesmente como Alemão. O dono de um bar em frente à casa do Peixe se tornou o símbolo vivo da torcida Alvinegra Praiana.

 


Arquivo pessoal


"Eu estava lendo uma matéria sobre caras que faziam tatuagens de leão, elefante, gaivota, tigre. Eu pensei: 'Não gosto de nada disso. Vou fazer do Santos'. Fiz a primeira, gostei e continuei. Fui fazendo os distintivos de acordo com os títulos que eu vi.

 

A tatuagem mais notável, que atrai a atenção de todos, é a que está na testa. Alemão revela que tudo começou por causa de uma aposta feita em 2006 com o então técnico do Peixe, Vanderlei Luxemburgo.

 

"Em 2006, estávamos disputando o título do Campeonato Paulista, e se não ganhássemos, iríamos ultrapassar o Corinthians em ficar mais tempo sem ganhar o Estadual. Eu apostei com Luxemburgo: 'Se você for campeão paulista, eu vou fazer uma tatuagem onde ninguém tem'. Fomos campeões, e eu procurei o lugar para fazer. Tem gente que tem no rosto, atrás da orelha. Eu disse que faria na testa. O Santos foi campeão no domingo, e na quarta-feira eu fiz a tatuagem."

 

Por pouco, o comerciante quase não conseguiu cumprir a promessa, pois o tatuador inicialmente se recusou a marcar o rosto do fervoroso torcedor santista. Mas depois de algumas horas, Alemão conseguiu convencer o tatuador.

 


Arquivo pessoal


"A parte mais complicada foi que o tatuador não quis fazer. Ele disse para eu dar uma volta, pensar melhor, e não permitiu que eu fizesse naquele momento. Pedi para eu voltar depois de duas horas. Então, dei uma volta pelo Gonzaga (bairro de Santos), esperei o tempo passar e retornei. Insisti que queria fazer, e pronto. Ele ainda me alertou: 'Você vai se arrepender'. Mas nunca me arrependi."

 

17 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Commenti


bottom of page